sábado, 26 de março de 2011

APRENDENDO A DAR LIMITES


Educar nossos filhos parece ser, cada vez mais, uma tarefa muito difícil. Em tempos onde a modernidade invade nossos lares, o consumismo passa a ser encarado com muita naturalidade. Os pais sentem-se perdidos diante de tantos pedidos dos filhos que vêem na televisão novidades para todos os gostos e, na escola, os coleguinhas que exibem a última moda.
Seu filho diz sentir-se fora do grupo se não tiver com o último brinquedo lançado, a roupa ou sapato da propaganda e ainda lhe diz, com muito exagero, que é o único da escola que ainda não tem.
O que fazer? Ceder às chantagens emocionais ou resistir? Acredito que a resposta esteja no meio termo. Não ceder tudo, mas também não negar tudo. O limite está justamente quando você dá alternativas para que ele ganhe o que deseja, como por exemplo, se esforçar em algo que anda meio relaxado. Filhos que ganham presentes todos os dias, sem uma data especial, tornam-se mal acostumados e acabam não dando o valor merecido ao presente. No início não largam o brinquedo para nada, alguns dias depois, torna-se mais um na infinita prateleira de brinquedos.
Entretanto, você não precisa se sentir culpado se você comprar um brinquedo e lhe fazer uma surpresa. O que não pode acontecer é isto virar uma rotina e vício.
O que acontece é que muitos pais tentam compensar a ausência enchendo a criança de brinquedos para que ela não cobre sua presença constante. Na verdade são os pais que se sentem bem achando que esta atitude preencherá o vazio. Serve como uma válvula de escape.
Converse, e converse muito. O diálogo é o ingrediente que está faltando na maioria das receitas de felicidade familiar!

segunda-feira, 7 de março de 2011

CONHEÇA O SÍMBOLO DA PSICOPEDAGOGIA

firefox É com imensa satisfação que apresentamos o Símbolo da Psicopedagogia, eleito por maioria de votos no VIII Congresso Brasileiro de Psicopedagogia realizado em São Paulo de 9 a 11 de junho de 2009.
A Diretoria Executiva da ABPp, por quase uma década tem se mobilizado de diferentes formas para que fosse criado e adotado um símbolo que representasse a atividade profissional do Psicopedagogo.
A idéia foi encampada pelo Conselho Nacional da ABPp que, após vários estudos e sugestões trazidas pelas Seções e Núcleos, se propôs a fazer um trabalho reflexivo com o grupo de conselheiras, para que as idéias pudessem ser gestadas a partir dos conceitos que norteiam a identidade da Psicopedagogia, a fim de que a escolha pudesse ser a que melhor representasse os objetivos propostos.
Assim, ao se definir e conceber o símbolo da profissão, buscamos produzir uma síntese das consciências particulares, estabelecendo, consequentemente, através daquela concepção, a consciência coletiva do segmento profissional.
Inspirado nos valores éticos inerentes à nossa profissão e nos princípios e significados da simbologia, o símbolo deveria traduzir toda a grandeza da Psicopedagogia. Nossa proposta para sua criação tinha como objetivo estabelecer o vínculo com nossa história e, resgatar seu real significado que, hoje mais do que nunca, permanece através da legitimidade que a sociedade lhe atribui.
Como resultado de todo este processo, a proposta de se partir da simbologia da Fita de Möbius foi aprovada.

Por que Fita de Möbius?

Em 1858, o matemático e astrônomo alemão Auguste Ferdinand Möbius ao pesquisar o desenvolvimento de uma Teoria dos Poliedros, descobriu uma curiosa superfície que ficou conhecida com seu nome, a Fita de Möbius. É uma fita simples que tem duas superfícies distintas (uma interna e outra externa) limitadas por duas margens. Trata-se de uma superfície de duas dimensões com um lado apenas. Assim, se caminharmos continuamente ao longo da fita, atravessamos ora uma, ora outra dimensão.
O que encanta nesta fita é a sua extraordinária simplicidade aliada a um resultado complexo – transformando o finito em infinito.
Estas idéias foram passadas para dois design-gráficos que apresentaram algumas propostas, as quais foram apresentadas para no VIII Congresso Brasileiro de Psicopedagogia para que os congressistas votassem.

O significado do Símbolo eleito foi descrito da seguinte forma:

Fita de Moebüs com 3 voltas. Representa o olhar do Psicopedagogo. As voltas estão dispostas de forma a representar a aprendizagem do indivíduo. O círculo central representa o indivíduo em processo para a aquisição de conhecimento, chegando ao fim com mudanças perceptíveis (círculo vermelho).
Esse símbolo foi assim representado com o propósito de caracterizar nossa área de atuação, representando o Psicopedagogo com suas características próprias.
Quézia Bombonatto
Presidente Nacional da ABPp

sexta-feira, 4 de março de 2011


PESSOAL......

Gostaria de saber qual é o tema que vocês gostariam de ver postado aqui em nosso blog????

Conto com vocês!!!

Bjsssssss

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

DIFICULDADES... DISTÚRBIOS... TRANSTORNO...

Primeiramente, é preciso que reconheçamos as diferenças entre distúrbio, transtorno e dificuldade, o que acontece com base não só na região cerebral afetada e na função comprometida como também nos problemas resultantes de cada condição.

A palavra distúrbio pode ser traduzida como “anormalidade patológica por alteração violenta na ordem natural”. Assim, o distúrbio é uma disfunção no processo natural da aquisição de aprendizagem, ou seja, na seleção do estímulo, no processamento e no armazenamento da informação e, conseqüentemente, na emissão da resposta. É um problema em nível individual e orgânico, que resulta em déficits nas medidas das habilidades de linguagem: fala, leitura e escrita. É uma disfunção na região parietal do cérebro, com falha na atenção sustentada, no processamento do estímulo e na resposta a ele, causando lentidão no processamento cognitivo e na leitura, sem comprometimento comportamental aparente.
O transtorno decorre de uma disfunção na região frontal do cérebro, que provoca perturbação na pessoa devido à falha na entrada do estímulo, e da integração de informações, comprometendo a atenção seletiva e gerando impulsividade e dificuldade visuo-motora. As respostas em tarefas que exigem habilidade de leitura e memória de trabalho são inibitórias. Com isso, esse quadro transtorna a vida da pessoa, em razão do evidente comprometimento comportamental.

Já a característica principal da dificuldade é ser escolar. Nas dificuldades escolares estão inseridos os atrasos no desempenho acadêmico por falta de interesse, perturbação emocional, inadequação metodológica ou mudança no padrão de exigência da escola, ou seja, diversas alterações evolutivas normais que, no passado, já foram consideradas como alterações patológicas. Pain (1981) considera a dificuldade de aprendizagem um sintoma, que cumpre uma função positiva, tão integrativa como o aprender: por ser intimamente ligada à escola, às metodologias empregadas, ao despreparo profissional e às mudanças sociais e culturais, sinaliza qual pode ser a remediação a ser realizada por uma melhor prática pedagógica.
 Em resumo, os distúrbios e transtornos de aprendizagem requerem uma equipe multidisciplinar, enquanto as dificuldades escolares pedem acompanhamento psicopedagógico.
Podemos concluir, então, que a neurociência abriu as suas fronteiras e, nesse contexto, faz-se cessária uma mudança de paradigmas no sistema educacional, de modo que a interface entre saúde e educação - na qual o assunto é o aprendizado normal e seus principais problemas - possa gerar uma neuropedagogia. Juntas, essas duas áreas certamente poderão trilhar, de modo muito melhor, os caminhos para alcançar nosso objetivo: a plena realização de todo ser humano, respeitando-se a habilidade de cada um.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

ESCOLA É LUGAR DE BRINQUEDOS???

Nos dias atuais as nossas crianças e adolescentes estão cada vez mais envolvidas com aparelhos eletrônicos como: computadores dos mais diversos modelos e potências, IPhod, Play Station, Celulares com inúmeros aparatos, MP 3,4,5,6...
Com tudo isso, a cada momento vemos que a infância está sendo esquecida rapidamente e os nossos “pré-adolescentes” aparecendo cada vez mais cedo.
Sendo assim é essencial ressaltarmos a importância do Brincar, pois apenas através das brincadeiras que podemos fazer com que a infância das nossas crianças sejam prolongadas e isso se faz de forma simples: com as velhas brincadeiras de bonecas, ursinhos e carrinhos. “Os brinquedos devem ser explorados como uma forma de lazer e como elemento de aprendizagem afirma a psicóloga Ursula Marianne Simons.
Pensando nisso, decidimos incentivar as brincadeiras mais tradicionais na tentativa de frear o amadurecimento precoce das crianças. O clima do pátio é bem diferente do que esperamos de crianças do Ensino Fundamental, pois meninas e meninos se dividem entre jogos, bonecas e carrinhos...  o incentivo para as brincadeiras tradicionais é uma questão de liberdade de escolha. Aqui, não há espaço para vergonha e sempre conversamos sobre todos os assuntos sem tabu... O aluno é orientado a não levar brinquedos caros e eletrônicos, o que abre espaço para a criatividade.
A nossa escola instituiu o dia do brinquedo às sextas-feiras. As meninas também incentivam os meninos a serem os pais ou irmãos nas brincadeiras de casinha... aproveitar os momentos de lazer e descontração também é uma oportunidade de aprendizado e desenvolvimento.
Após toda essa reflexão podemos, seguramente, afirmar que sim, escola é lugar de brinquedo, também!


SEJAM MUITO BEM VINDOS !!!!!!

Pessoal, inicia aqui um espaço aberto para um delicioso bate papo.

Será um grande prazer trocarmos ideias e experiências, pois é assim que ocorrem novas aprendizagens.

Um grande beijo e espero vê-los sempre por aqui, a propósito, aceitam um chá?