segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

DIFICULDADES... DISTÚRBIOS... TRANSTORNO...

Primeiramente, é preciso que reconheçamos as diferenças entre distúrbio, transtorno e dificuldade, o que acontece com base não só na região cerebral afetada e na função comprometida como também nos problemas resultantes de cada condição.

A palavra distúrbio pode ser traduzida como “anormalidade patológica por alteração violenta na ordem natural”. Assim, o distúrbio é uma disfunção no processo natural da aquisição de aprendizagem, ou seja, na seleção do estímulo, no processamento e no armazenamento da informação e, conseqüentemente, na emissão da resposta. É um problema em nível individual e orgânico, que resulta em déficits nas medidas das habilidades de linguagem: fala, leitura e escrita. É uma disfunção na região parietal do cérebro, com falha na atenção sustentada, no processamento do estímulo e na resposta a ele, causando lentidão no processamento cognitivo e na leitura, sem comprometimento comportamental aparente.
O transtorno decorre de uma disfunção na região frontal do cérebro, que provoca perturbação na pessoa devido à falha na entrada do estímulo, e da integração de informações, comprometendo a atenção seletiva e gerando impulsividade e dificuldade visuo-motora. As respostas em tarefas que exigem habilidade de leitura e memória de trabalho são inibitórias. Com isso, esse quadro transtorna a vida da pessoa, em razão do evidente comprometimento comportamental.

Já a característica principal da dificuldade é ser escolar. Nas dificuldades escolares estão inseridos os atrasos no desempenho acadêmico por falta de interesse, perturbação emocional, inadequação metodológica ou mudança no padrão de exigência da escola, ou seja, diversas alterações evolutivas normais que, no passado, já foram consideradas como alterações patológicas. Pain (1981) considera a dificuldade de aprendizagem um sintoma, que cumpre uma função positiva, tão integrativa como o aprender: por ser intimamente ligada à escola, às metodologias empregadas, ao despreparo profissional e às mudanças sociais e culturais, sinaliza qual pode ser a remediação a ser realizada por uma melhor prática pedagógica.
 Em resumo, os distúrbios e transtornos de aprendizagem requerem uma equipe multidisciplinar, enquanto as dificuldades escolares pedem acompanhamento psicopedagógico.
Podemos concluir, então, que a neurociência abriu as suas fronteiras e, nesse contexto, faz-se cessária uma mudança de paradigmas no sistema educacional, de modo que a interface entre saúde e educação - na qual o assunto é o aprendizado normal e seus principais problemas - possa gerar uma neuropedagogia. Juntas, essas duas áreas certamente poderão trilhar, de modo muito melhor, os caminhos para alcançar nosso objetivo: a plena realização de todo ser humano, respeitando-se a habilidade de cada um.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

ESCOLA É LUGAR DE BRINQUEDOS???

Nos dias atuais as nossas crianças e adolescentes estão cada vez mais envolvidas com aparelhos eletrônicos como: computadores dos mais diversos modelos e potências, IPhod, Play Station, Celulares com inúmeros aparatos, MP 3,4,5,6...
Com tudo isso, a cada momento vemos que a infância está sendo esquecida rapidamente e os nossos “pré-adolescentes” aparecendo cada vez mais cedo.
Sendo assim é essencial ressaltarmos a importância do Brincar, pois apenas através das brincadeiras que podemos fazer com que a infância das nossas crianças sejam prolongadas e isso se faz de forma simples: com as velhas brincadeiras de bonecas, ursinhos e carrinhos. “Os brinquedos devem ser explorados como uma forma de lazer e como elemento de aprendizagem afirma a psicóloga Ursula Marianne Simons.
Pensando nisso, decidimos incentivar as brincadeiras mais tradicionais na tentativa de frear o amadurecimento precoce das crianças. O clima do pátio é bem diferente do que esperamos de crianças do Ensino Fundamental, pois meninas e meninos se dividem entre jogos, bonecas e carrinhos...  o incentivo para as brincadeiras tradicionais é uma questão de liberdade de escolha. Aqui, não há espaço para vergonha e sempre conversamos sobre todos os assuntos sem tabu... O aluno é orientado a não levar brinquedos caros e eletrônicos, o que abre espaço para a criatividade.
A nossa escola instituiu o dia do brinquedo às sextas-feiras. As meninas também incentivam os meninos a serem os pais ou irmãos nas brincadeiras de casinha... aproveitar os momentos de lazer e descontração também é uma oportunidade de aprendizado e desenvolvimento.
Após toda essa reflexão podemos, seguramente, afirmar que sim, escola é lugar de brinquedo, também!


SEJAM MUITO BEM VINDOS !!!!!!

Pessoal, inicia aqui um espaço aberto para um delicioso bate papo.

Será um grande prazer trocarmos ideias e experiências, pois é assim que ocorrem novas aprendizagens.

Um grande beijo e espero vê-los sempre por aqui, a propósito, aceitam um chá?